quarta-feira, 18 de julho de 2012

AZULÃO
Jayme Ovalle e Manuel Bandeira

Vai azulão
Azulão companheiro vai
Vai ver minha ingrata
Diz que sem ela
O sertão não é mais sertão
Ah, voa, azulão
Azulão, companheiro vai...

Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho (1886-1968) é uma das figuras mais importantes da poesia brasileira e um dos iniciadores do Modernismo. Apesar de ser um poeta fabuloso, também foi ensaísta, cronista e tradutor. O próprio autor define sua poesia como a do "gosto humilde da tristeza". Grandes músicos de seu tempo como Heitor Villa-Lobos musicaram poemas seus. No final da história, Bandeira transcendeu o Modernismo. Já novo gostava da leitura, mas teve que abandonar a faculdade por ter contraído tuberculose. Passou doente toda vida, apesar das várias estadas em clínicas brasileiras e até na Suíça. Ligou-se aos modernistas em 1921 e participou da Semana. Em 1940 tornou-se membro da ABL. Apesar de um começo parnasiano, Bandeira já produzia inovações em 1919. No livro deste ano estava contido poema Os Sapos, uma irreverente crítica aos parnasianos que foi usada como lema dos modernistas da primeira fase após ser lida por Ronald de Carvalho. As várias poesias subsequentes tem metrificação nula e seus livros são ortodoxamente modernistas. Sua poesia mais famosa é, sem nenhuma dúvida, ''Vou me embora para Pasárgada''.

Obs.: No caso específico desta composição, primeiro foi feita a melodia por Jayme Ovalle, depois o poema pelo Bandeira.


Ouça o poema de Bandeira, musicado por Jayme Ovalle e interpretado por Sandy Lima.



Resumo biográfico:

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